31 de maio de 2013

Prisão Condicionada

Eu voltei. Voltei a me permitir ouvir certas músicas. Não, certas músicas não. Músicas específicas. Músicas com letras românticas, melosas e que antes me fariam pensar no quanto eu deixei para trás.
Mas, assim como uma Fênix, eu também sou capaz de renascer das cinzas, de começar tudo novamente, e mesmo percebendo que o que ficou para trás é irrecuperável, sou capaz de perceber que nada disso voltará até o dia que o homem inventar uma máquina do tempo. Até lá, não ficarei mais me lastimando pelo que perdi.

Notei que se perdi algo, sou capaz de encontrar outra coisa nova, algo melhor, talvez até maior, não necessariamente de tamanho, mas que seja capaz de me mudar, de me transformar novamente em alguém que já fui, e que sei que sou capaz de ser. Eu apenas voltei para um casulo, no qual me situo recluso e solitário, contudo, o lado de fora bate à minha porta, e uma olhadela nunca fez mal a ninguém.

O que eu vejo?

Não sei. Formas estranhas, nas quais não posso distingui-las corretamente. Algumas me assustam, outras me atraem. Porém uma dessas formas é distinta. É bela, diferente. Já havia visto-a anteriormente, porém, essa minha reclusão mostrou que há sempre diversos ângulos sobre um mesmo foco. E o que vejo nessa forma é um ser diferente do que conhecia, que é capaz de transmitir algum carinho e esbanjar explicitamente muita simpatia.
Pra quem é essa simpatia? Sou só eu que vejo-a dessa forma? Será que estou vendo mais do que na verdade há, por querer que de fato exista isso que acho que vejo? Confuso até para escrever isso, quanto mais para tentar traduzir em palavras.
Ao certo, não sei...
Essa forma tem um jeito misterioso de agir, onde um passo em falso pode me levar a uma armadilha e me prender de vez aqui onde ainda estou. Contudo, um movimento certo também pode facilitar todos os empecilhos que poderão aparecer.

Muitos me dizem para arriscar, tentar sair do casulo. Os perigos são vários, os caminhos poderão ser os mesmo que já trilhei muitas vezes, nas quais em maioria errei e foi necessário uma reconstrução.
Porém sei que também que há um caminho, mesmo que árduo, que também já trilhei. Aquele, que me afastei, e me fez entrar nesse estado de aprisionamento Que impediu de ouvir certas músicas. Aquelas músicas....
Quem sabe esse novo ser, essa forma, não me mostra um caminho novo que me levará ao meu destino que anteriormente estava seguro em minhas mãos, e que esvaeceu na frente de meus olhos, de uma forma mais simples, mais intensa, e direta, sem tantas pedras. Por que não?


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