19 de novembro de 2012

É uma vez...


A história a seguir não é um conto de fadas, e sequer tem um final feliz. Afinal de contas, ela não tem final.
Ela se inicia de maneira bem peculiar, e diz respeito a um Pequeno Camponês de um feudo que não tinha nenhuma pretensão de se apaixonar tão cedo, após uma pequena decepção amorosa...

Seu Melhor Amigo de trabalho era bem parecido com ele: ambos não tinham muita sorte no amor (e nem em jogos). Mas esse seu Amigo conseguiu a sorte grande: encontrou outra Camponesa Branca-que-nem-Neve que se apaixonou por ele.
O amor deles não era nada platônico, e tinha lá seus altos e baixos, mas caminhava. E o Pequeno Camponês, sendo melhor amigo dele, sempre tentava ajudá-lo conversando com a Camponesa Branca-que-nem-Neve dando dicas, conselhos e ajudas. No meio dessas conversas, o Camponês ficou bastante íntimo da Camponesa, já que ela confessava que gostava de seu Amigo e queria também ajuda para ficarem juntos. Em uma competição criada pelo Rei do feudo para ver quem eram os melhores atletas do feudo, o Camponês fez uma participação só para fazer parte da competição junto com seu Amigo, em outra modalidade. Já a Camponesa, mesmo sendo mais nova, jogou em várias competições (e provavelmente foi melhor que os dois camponeses juntos). Ao final do dia de competições, seu melhor amigo fora se recolher para sua cabana, sem, claro, deixar de se despedir calorosamente da Camponesa em um lugar mais isolado. Ela, no entanto, ficou para mais uma competição que haveria em sua modalidade em horário mais tardio, e o Pequeno Camponês ficou para acompanhá-la e jogar conversa fora.

Conversa foi, conversa voltou, e a camponesa sentiu fome, e pediu a companhia do Pequeno Camponês para que fossem à barraca de comida buscar uma tigela de miolos cozidos que lá estava sendo servida. E nessa caminhada, o Pequeno Camponês percebeu que, dentro dele, crescia um sentimento pela Camponesa Branca-que-nem-Neve que ele não esperava, e sentia até medo de admitir a existência do mesmo, porque a afirmação de sua existência causaria um grande conflito com seu melhor amigo: dentro do Pequeno Camponês crescia um sentimento de paixão pela Camponesa.

Mesmo tentando constantemente reprimir esse sentimento, e ajudando o Melhor Amigo e a Camponesa a ficar juntos, o relacionamento dos dois não foi duradouro, finalizando com a separação pacifica dos dois; O amor que um sentia pelo outro era verdadeiro, mas não forte. Pelo menos não forte o suficiente comparado ao que aflorava dentro do Pequeno Camponês.
Respeitando o tempo para que a Camponesa Branca-que-nem-Neve se recuperasse de seu amor passageiro (não de verão), o Pequeno Camponês começou a, indiretamente, dar sinais de que sentia algo por ela. O que ele desconhecia é que a Camponesa já tinha outro Pretendente á vista que desejava sua mão em namoro, descendente de outro feudo e com uma aparência um tanto quanto... Exótica, digamos.
Contudo, o Pequeno Camponês foi mais rápido e corajoso que o Pretendente Exótico, e pediu a mão da Camponesa para que fosse somente sua, e, paciente do jeito que era, afirmou que esperaria o tempo que fosse necessário para que ela desse uma resposta.
E esperou...
Esperou...
Esperou...

Passados um mês de indecisão e um pouco de cobrança pela resposta da Camponesa, finalmente ela deu uma resposta para o Pequeno Camponês: SIM! Ambos concordaram que era melhor manter em segredo temporariamente até arranjarem uma forma menos indelicada de contar para o Melhor Amigo.
O Pequeno Camponês ficou claramente alegre e saltitante, e, paradoxalmente, um pouco amedrontado, pois ela seria seu primeiro amor de fato, e, consequentemente, a pessoa com quem faria tudo pela primeira vez falando de relacionamentos: o primeiro beijo, o primeiro presente, a primeira sogra... Apesar de todos seus temores, e de toda a insegurança e ciúmes da Camponesa, ambos seguiram firmemente sem problemas com força o suficiente para terminar esse relacionamento.
Até o momento que o Melhor Amigo descobriu através de outras pessoas o "namoro" dos dois.
Ele ficou muito bravo, completamente histérico e com raiva do Pequeno Camponês. Sequer queria olhar em seus olhos e ouvir qualquer justificativa ou pedido de desculpas por não ter contado. O Amigo ficou bravo, não por conta de o Camponês ficar com sua momentânea e rápida ex-paixão, mas sim por acreditar que ele já estava de olho e com segundas intenções sobre a Camponesa quando estavam juntos. Tal ato seria visto com maus olhos por todos do feudo, e o Camponês poderia até ser morto pela Igreja.
Contudo, ele conseguiu se explicar para o Melhor Amigo, e mesmo de cara amarrada, ele aceitou suas desculpas e após algum tempo a amizade voltou a ser (se não mais forte) tão intensa quanto antes.

E nisso, muitas histórias se passaram entre o Pequeno Camponês e a Camponesa Branca-que-nem-Neve, tristes, e felizes. Histórias que serviriam para outros contos, e que não cabem serem citados no momento. O que importa é que não há relato de algo que tenha abalado definitivamente até hoje o amor que se tornou cada vez mais forte e contínuo, pelo menos por parte do Pequeno Camponês, que existiu entre esse casal com uma trajetória bem peculiar.

16 de novembro de 2012

Portas do futuro

Tensão. Nervosismo. Cobranças...
O tempo passa cada vez mais rápido nesse universo paralelo no qual me encontro, e clamo para que seu fim tarde a chegar.
Ao mesmo tempo, paralelamente, conto os segundos, por vezes, infindáveis, para que acabe logo de uma vez e inicie-se um novo rumo, por uma nova estrada, ainda desconhecida e não trilhada.

Uma nova estrada...
Caminho obscuro e sem possibilidade de adivinhar quaisquer rotas a serem tomadas.
Ainda assim, tenho uma certeza infundada em nenhuma base ou fato de que tudo valerá a pena e ainda sentir-me-ei nostálgico ao relembrar desses momentos. Todos. Das angústias às felicidades, das derrotas às conquistas. 
Isso se resume um ano presente na vida acadêmica de qualquer estudante no final desse ciclo, e o início de um novo.
Para a introdução nesse novo caminho há um enorme obstáculo a ser superado, tão temido e muito superestimado: o teste que traçará o rumo de uma vida e abrirá as portas para um novo ensino, nivelado de forma superior. A partir de então, será formado um profissional, seja lá de que área: humanas, exatas ou biológicas.

Será feito um bom profissional? Isso depende de cada um, do uso que for feito de cada aprendizado e lição, e de que rotas serão tomadas futuramente. Mas a decisão, nessa altura do campeonato, já foi feita, e está estagnada e fixa, sem qualquer chance de mutação.
Ou será que não?
Há ainda tempo. Se não for hoje, será amanhã, ou no mês que vem ou no outro ano. Ou depois. Ou depois... Não importa quando, o que tiver de acontecer, acontecerá, basta perseverança e insistência na busca pelo caminho escolhido, seja ela liso como um lago congelado, ou apedrejado como as estradas brasileiras.

4 de novembro de 2012

É... Arte!

Eu sou um artista. Eu sou a arte. Eu sou o artista e a arte ao mesmo tempo. 
Existem muitos críticos de boteco que só enxergam superficialmente, mas a arte por trás da tela diz mais sobre mim do que a imagem externa.

Porém, há aqueles que apreciam, ou pelo menos tentam entender, e até o dia da minha última pincelada, serei um artista incansável que tenta passar uma mensagem para seus observadores alheios que enxergam de olhos fechados.