14 de janeiro de 2015

Homesick

Uma das palavras que mais gosto na língua inglesa talvez seja "Homesick". Em uma tradução literal, seria algo como "Saudades de casa". Mas só com uma palavra é possível expressar um sentimento tão forte de uma forma que não conseguimos na língua portuguesa. 

Há pouco tempo tive a experiência de viajar pra outro país, me virar sozinho num lugar em que ninguém falava minha língua e ainda por cima a milhares de quilômetros de casa, com o Atlântico no meio do caminho. E mesmo após um mês, eu senti falta de casa. I was homesickness. Mas, 9 meses depois, pari um sentimento diferente, que não tem palavra em português ou inglês - que eu saiba - que possa expressá-lo: a saudade de onde morei. Eu nunca vou conseguir encontrar palavras suficientes pra demonstrar tudo que passei lá e o que penso hoje, mas 2014 me trouxe essa incrível experiência que foi inigualável. 

Talvez um dia eu volte pra casa. Ou saia dela. Não tenho certeza ainda.

13 de janeiro de 2015

Antes de dormir

Não ter o que pensar ou se preocupar é relaxante e frustrante ao mesmo tempo. Não que seja possível ficar livre de preocupações, mas algumas não são preocupantes a ponto de você pensar quando está deitado antes de dormir.
De certa forma, isso é algo bom, libertador. Não precisa perder horas de sono que possivelmente farão falta (pelo menos pra mim que gostaria da experiência de hibernar).
Por outro lado, é um pouco... desesperador. Talvez seja coisa da cidade grande. Estar a mil por hora pensando em uma coisa enquanto está fazendo outra já planejando uma terceira. Quando há dias em que não há no que pensar, fica um vazio, um eco ressoando o nada (valeu Drummond).
E a que conclusão que eu chego? É que provavelmente eu deveria fazer algo mais útil do que escrever um texto as 5h da manhã por não conseguir dormir por não ter no que (ou em quem) pensar.